A edição brasileira de “Ozzy Osbourne: O Último Ritual”, o livro de memórias derradeiras do gigante falecido em julho último, entrará em pré-venda no dia 3 de dezembro. Com tradução de Marcelo Barbão, o lançamento está marcado para 5 de fevereiro de 2026. A empresa responsável pela versão em português é a editora Belas Letras.
Escritas com a sinceridade brutal e o humor ácido que marcaram sua vida e sua carreira, as páginas revelam um Ozzy Osbourne íntimo e vulnerável. A história começa em 2019, quando um contratempo aparentemente banal – uma infecção no dedo – se transformou em um colapso físico devastador. No mesmo período, ele sofreu uma queda doméstica e teve que passar por várias cirurgias na coluna. Ainda revelou a público seu diagnóstico de Parkinson.
Na Amazon, “Ozzy Osbourne: O Último Ritual” está em pré-venda por R$ 149,90 na edição capa dura e R$ 79,90 na edição digital (Kindle). É prevista entrega grátis.
Em “Ozzy Osbourne: O Último Ritual”, Ozzy mostra sua resistência e relembra como o apoio de sua família foi essencial. Quando havia desistido da reabilitação, sua filha Kelly o convenceu a voltar ao estúdio, incentivando-o a cantar com o rapper Post Malone, em uma das parcerias mais improváveis de sua carreira.
O Príncipe das Trevas revisita os bastidores do turbulento casamento com Sharon Osbourne e momentos marcantes de sua trajetória. Um deles, Ozzy destaca como o melhor show de sua vida: o do Monsters of Rock, em Castle Donington (1984). Na ocasião, ele nem era a atração principal, mas ficou fora de órbita antes da apresentação e precisou de uma injeção de Decadron para conseguir subir ao palco — e entregar, segundo ele mesmo, uma performance “destruidora”.
Osbourne também revela qual foi o álbum mais difícil e irritante de sua carreira: “Ozzmosis”. A pressão era enorme, e o comportamento “torturador” do produtor Michael Beinhorn o levou ao limite – ele exigia que Ozzy cantasse em uma linha diferente de microfones a cada verso, fazendo dezenas de takes por dia. O processo foi tão exaustivo que o vocalista acabou se afundando em vodca e codeína líquida para suportar as gravações.
Ao falar de sua doença de Parkinson, Ozzy compartilha momentos delicados, como a do Grammy de 2014, quando o Black Sabbath ganhou o prêmio pela performance de metal. Ao apresentar Ringo Starr, um de seus heróis, Ozzy repetiu a mesma frase três vezes – efeito dos medicamentos – e viveu um momento de constrangimento em rede mundial.
O livro também traz uma das lembranças mais emocionantes de sua vida: os últimos dias de Lemmy Kilmister, vocalista do Motörhead e seu amigo de longa data. Ozzy recorda o último encontro entre os dois durante uma turnê na América do Sul, quando Lemmy já demonstrava sinais de que o fim estava próximo.
Para finalizar, Osbourne fala de um dos momentos mais importantes dos seus últimos dias: o show de despedida Back to the Beginning. Em um dos relatos mais emocionantes da obra, o vocalista relembra os ensaios com o Sabbath, as lágrimas de felicidade que compartilhou com seus filhos e amigos de longa data, como Slash, e como esse show foi seu melhor remédio desde que seus problemas médicos começaram em 2019.