O Megadeth lançará em breve o álbum final de sua carreira. Batizado com o nome da própria banda, o décimo sétimo disco chegará a público no dia 26 de janeiro e contará em sua versão padrão com 10 faixas – cujos títulos já foram revelados.
Por meio das redes sociais ao longo dos últimos dias, o grupo divulgou o tracklist por partes. Além do single “Tipping Point”, o material terá as canções “I Don’t Care”, “Hey God?!”, “Let There Be Shred”, “Puppet Parade”, “Another Bad Day”, “Made To Kill”, “Obey The Call”, “I Am War” e “The Last Note”.
Porém, chamou atenção o fato de que, em junho, Dave Mustaine havia afirmado em conversa ao programa de rádio norueguês Stjernepose que o disco teria na verdade 13 músicas. Sabe-se que uma edição exclusiva da loja Target apresentará a inédita “Bloodlust”, mas há teorias quanto às outras músicas misteriosas.
Na mesma entrevista, o vocalista e guitarrista descreveu uma das faixas como “um cover de uma música minha”. A declaração levou os fãs a suporem que se trata de uma canção do Metallica, banda que integrou entre 1981 e 1983 e com a qual contribuiu nos discos “Kill ‘Em All” (1983) e “Ride the Lightning” (1984).
Na última quarta-feira (28), antes da revelação do tracklist completo, uma postagem exibiu uma 11ª faixa borrada e sem número logo abaixo de “The Last Note”. Com apenas algumas letras visíveis, o título parece justamente ser “Ride the Lightning”.
Ao canal Pensado’s Place em 2015, Mustaine brincou que tocava músicas do Metallica em casa “por diversão”. Poucos anos mais tarde, em 2017, explicou à Rolling Stone (via Ultimate Guitar) em detalhes qual foi a sua contribuição na composição de “Ride the Lightning”:
“Então, há certas partes de ‘Ride the Lightning’ e ‘Leper Messiah’, e também do primeiro álbum em que dá pra perceber pequenos detalhes parecidos com o estilo de guitarra do Megadeth. Eu não compus toda a parte musical de ‘Ride the Lightning’. O Lars criou a introdução melódica, e então a parte seguinte fui eu quem escreveu, depois a próxima também, e depois mais uma, e então voltava pra parte dele, e depois voltava pras minhas três partes seguintes… quem se importa? Já superei há muito tempo o fato de eles usarem minhas músicas. Você pode se prender a esse tipo de coisa ou simplesmente deixar pra lá, nada vai mudar. Agora há duas grandes bandas. Somos amigos. Aconteceu.”.