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Como Anika Nilles se tornou a nova baterista do Rush

Geddy Lee e Alex Lifeson confirmaram o retorno do Rush aos palcos e, para a vaga do saudoso Neil Peart, foi recrutada a baterista alemã Anika Nilles. Lee já havia citado a instrumentista em uma entrevista de 2023 – e foi no ano anterior a este que tomou contato com seu trabalho.

Nilles tocou bateria na última turnê do também falecido guitarrista Jeff Beck, em 2022. Por meio de um roadie, Skully, que trabalhava para ambos, Geddy conheceu Anika, segundo o próprio artista em coletiva de imprensa do anúncio da nova turnê (via Loudwire).

O vocalista, baixista e tecladista se interessou, pesquisou o nome e ficou feliz com o que encontrou. Ele disse:

“Procurei por ela, ela está por todo o YouTube. Ela é bem conhecida em seu próprio mundo musical. E então começamos a conversar sobre tocar de novo, então eu disse a Alex: ‘dê uma olhada nela, talvez seja um caminho interessante para seguir’. E então uma coisa levou a outra e quando tomamos a decisão, queríamos ver se daria certo.”

E deu: o Rush estará de volta a estrada com Anika Nilles em 2026. As primeiras datas confirmadas incluem apenas a América do Norte.

Conhecida por ter trabalhado ao lado de Jeff Beck e por ter formado a banda Nevell, a musicista iniciou sua trajetória na música no YouTube, onde, a partir de 2012, passou a compartilhar performances variadas e composições autorais. Até o momento, o material publicado resultou em dois álbuns solo: “Pikalar” (2017) e “For a Colorful Soul” (2020).

Celebrando a própria trajetória, a artista veio ao Brasil pela primeira vez para um workshow há dois meses. Como parte de uma turnê de drum clinic na América Latina, o evento aconteceu na School of Rock, em Pinheiros, em São Paulo, no último dia 8 de agosto. 

Vídeos publicados nas redes sociais mostraram que, na ocasião, Anika tocou para o público músicas como “Synergy” e “Mister”, atendeu fãs e respondeu às perguntas da plateia.

Além do workshow, a baterista aproveitou a estadia para conceder uma entrevista ao Tv Braba. Ao longo do bate papo, ela explicou o próprio setup, deu dicas quanto ao aprendizado na bateria e elencou as suas primeiras influências e os bateristas brasileiros que conhece.

“Ramon Montagner é um dos bateristas brasileiros que eu conheço. Nós fizemos alguns trabalhos juntos na Polônia também. E, ah, Eloy Casagrande, claro. Há três nomes principais que me influenciaram. Primeiro de tudo, Jeff Porcaro. Cresci com Toto e a primeira vez que estudei um baterista foi com Jeff Porcaro e seus grooves, eu tinha entre uns 12 e 15 anos. Depois, estudei muito o álbum ‘Überjam’, do guitarrista John Scofield, que tinha Adam Deitch como baterista, que toca na banda Lettuce. Por causa do estilo de groove, ele, junto com Benny Greb, foram dois bateristas muito importantes para mim, e depois Chris Coleman.”

A musicista ainda passou por países como Colômbia e Argentina. Posteriormente, ao fim da agenda na América Latina, agradeceu aos fãs locais pela recepção. Com um vídeo recapitulando a passagem que mostra registros no Brasil, Anika escreveu nas redes sociais:

“Que 2 semanas e meia inesquecíveis na América Latina! O carinho e o amor que sentimos em cada país foram indescritíveis. Conhecemos pessoas incríveis por onde quer que passássemos. Foi maravilhoso finalmente encontrar tantos de vocês pessoalmente, ainda que por apenas algumas horas. Um enorme agradecimento a todos que foram aos shows e os tornaram tão especiais Até a próxima. Estou enviando abraços enormes a todos vocês. Já com saudade do café e da comida incríveis… mal posso esperar para voltar!”.