Bruce Dickinson levou quase duas décadas para lançar um novo disco solo. Depois de “Tyranny of Souls”, disponibilizado em 2005, o vocalista do Iron Maiden só retornou com material inédito em março de 2024, com o “The Mandrake Project”. Mas, ao que tudo indica, o próximo álbum não deve demorar tanto para chegar.
Durante recente entrevista ao canal Musicians Institute, o cantor revelou que já tem 18 demos prontas para o projeto. Como destacado, o plano é gravá-lo no primeiro semestre do ano que vem, com a mesma equipe que trabalhou recentemente – desta vez, porém, com a produção de Brendan Duffey, que só havia mixado e masterizado o antecessor, em vez de Roy Z.
Conforme transcrição da Blabbermouth, o artista explicou:
“Estive no estúdio fazendo demos com toda a equipe pelas últimas três semanas, e acabamos com 18 faixas em 15 dias. Vai ser um álbum muito legal. Quem está produzindo é o Brendan Duffey, que mixou o ‘Mandrake’. Estamos mantendo a mesma equipe para esse disco. A ideia é gravá-lo no ano que vem, no início do ano. Terei algumas brechas. Janeiro, fevereiro, março e abril são meio que um período livre para mim no ano que vem.”
Em fevereiro do ano passado, conversando com o programa Loudwire Nights, o vocalista afirmou que estava prestes a retornar às sessões de composição para colocar as ideias no papel.
“Daqui a duas ou três semanas, espero começar a compor músicas novamente com (o guitarrista e colaborador de longa data) Roy (Z), porque tem mais coisas que queremos fazer. Então, sim, vai haver outro álbum, porque já temos de 10 a 12 ideias diferentes para ele.”
Já em março último, em live no Instagram com a Z2 Comics, o cantor confirmou que voltaria ao estúdio em breve. Também com transcrição da Blabbermouth, ele disse:
“Vai ter um sucessor do ‘The Mandrake Project’, com a minha banda solo The House Band of Hell. Engraçado que hoje mesmo estive em um estúdio, dando uma olhada no local onde vamos gravar o novo álbum. Então, isso é empolgante.”
A produção do “The Mandrake Project” ficou a cargo de Roy Z, parceiro de longa data do vocalista, que também gravou guitarras e baixo – o segundo assumido por Tanya O’Callaghan (Whitesnake) na turnê. Mistheria registrou os teclados e Dave Moreno (Puddle of Mudd) a bateria. Roy acabou rompendo com Bruce no início da turnê, o que pode explicar sua ausência no novo álbum.
Para o futuro, Bruce Dickinson ainda pretende relançar os discos solo anteriores em edições remixadas e com faixas bônus. Conversando com a Classic Rock em janeiro, o artista contou que o intuito surgiu por querer “dar mais peso às coisas”.
Ele disse:
“Estamos remixando todo o meu material solo. Já lancei sete álbuns solo, metade do que fiz com o Maiden, o que parece meio insano, na verdade. Com toda a nova tecnologia, é possível dar mais peso às coisas.”
Ao que parece, toda discografia ganhará relançamentos de maneira espaçada. De acordo com Bruce, os fãs notarão diferenças mais expressivas em “Balls to Picasso” (1994), segundo álbum, que receberá um novo nome e dará início às novas versões.
“‘Balls to Picasso’ é o álbum em que mais mexemos. Adicionamos mais guitarras, mais teclados e orquestração. Vamos renomeá-lo para ‘More Balls to Picasso’, só para diferenciar (da versão original). Esse será o primeiro a ser lançado, no próximo mês de agosto. Depois disso, virão ‘Skunkworks’ (1996) e ‘Tattooed Millionaire’ (1990), seguidos por ‘Accident of Birth’ (1997) e também ‘The Chemical Wedding’ (1998), que incluirá algumas faixas que não entraram na versão original.”.