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Como é relação no System of a Down atualmente, segundo Shavo Odadjian

O System of a Down funciona de uma maneira um tanto quanto peculiar. Apesar de ter retomado as atividades após hiato em 2010, a banda realiza apenas shows esporádicos. Até mesmo “Mezmerize” e “Hypnotize”, seus álbuns mais recentes de estúdio, saíram há quase 20 anos, em 2005. 

Os problemas existentes dentro da formação não são um segredo. Há desde discordâncias políticas até diferenças criativas e farpas públicas. Todavia, Shavo Odadjian garante que os integrantes mantêm uma boa convivência e ainda adoram tocar juntos. 

Durante recente entrevista à Riff Magazine, transcrita pela Ultimate Guitar, o baixista descreveu o atual momento da banda como “feliz”. Segundo o próprio, mesmo que tenham deixado as excursões de lado e estejam há décadas sem lançar um material completo inédito, os músicos amam o que fazem.

Ele disse:

“Não somos mais uma grande banda que faz turnês. Todos nós temos nossos próprios projetos, famílias e todo o resto. Não lançamos um disco há muito tempo, mas amamos tocar ao vivo e ainda nos amamos. Ainda somos um conjunto. Acho que nunca deixaremos de ser, sabe? Nunca vamos dizer: ‘ah, não estamos mais juntos’. Sempre estaremos juntos, não importa o que aconteça.”

Na autobiografia “Down with the System”, o vocalista Serj Tankian revelou que nunca teve o mesmo gosto dos colegas por turnês e pelo ciclo de álbuns da indústria. Ele chegou a sugerir que procurassem um novo cantor.

Porém, Shavo destaca que todos estão na mesma página quanto ao passos “mais lentos” do grupo: 

“Gosto do que estamos fazendo porque estamos todos de acordo. Estamos todos felizes fazendo o que estamos fazendo, então é disso que se trata. Cara, a vida é sobre estar confortável e feliz, e se é isso que nos faz felizes, vamos fazer.” 

A última apresentação do System of a Down aconteceu em evento no dia 17 de agosto, em San Francisco, nos Estados Unidos. Deftones, The Mars Volta, Viagra Boys e Vowws também participaram. Nas palavras do baixista, a ideia é que continuem tocando em ocasiões semelhantes:

“Nós meio que gostamos de tocar em pequenos eventos, como fazer um show especial em algum lugar, com algumas bandas especiais legais, como aconteceu no festival Sick New World (em 2024 e em 2023). E agora temos planos de participar mais dessas pequenas experiências legais e únicas.”

Realizar longas turnês realmente parece uma possibilidade distante para o System of a Down. Durante participação no podcast Soul Boom With Rainn Wilson em maio, Serj Tankian explicou por que não tem apreço por grandes excursões:

“Sou a pessoa que menos quer fazer turnê. Parte disso é físico, por ser cansativo. Já faço isso há 20, 25 anos, sofri uma cirurgia nas costas tempos atrás. Estou muito melhor agora. isso. Também há o fato de ser artisticamente redundante depois de um tempo, você fica se repetindo. David Bowie disse uma vez que as duas primeiras semanas de cada turnê são criativas e depois fica redundante. Ele tinha razão.”

Assim, conforme o vocalista, a ideia é que continuem apenas com apresentações pontuais:

“Eu gosto de tocar com os caras. Quando é algo esporádico fica realmente divertido, porque não há a pressão da longa turnê, imprensa ou qualquer coisa assim. Apenas ensaiamos, fazemos piadas idiotas, comemos juntos e vamos para o show. É como temos feito e sou grato por isso.”

Em novembro de 2020 o System of a Down lançou as músicas “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”. As faixas foram motivadas pelo conflito entre Artsakh e Azerbaijão, com todos os rendimentos sendo revertidos aos esforços humanitários na Armênia, terra natal dos ancestrais dos músicos. Junto com outras doações de fãs em suas páginas nas redes sociais, eles arrecadaram mais de US$ 600 mil.