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Jim Root fala sobre a entrada de Eloy Casagrande e do novo álbum do Slipknot

O Slipknot não testou outros baterista além de Eloy Casagrande para assumir a função que pertenceu a Joey Jordison e Jay Weinberg anteriormente. A informação foi revelada pelo guitarrista Jim Root recentemente. O brasileiro fez sua estreia na banda recentemente e vem recebendo aprovação unânime de público e mídia.

Durante entrevista ao Tone-Talk, o músico americano ofereceu mais detalhes e fez questão de exaltar a qualidade do ex-integrante do Sepultura. Seu impacto foi tão grande que o grupo quebrou o protocolo tradicional de não revelar a identidade dos novos colegas, fazendo um anúncio oficial nas redes sociais.

Conforme transcrição do Blabbermouth, Jim contou:

“Fizemos um show intimista para apresentar Eloy aos fãs. Foi muito divertido. Eu não consigo nem descrever. Dois dias depois, tocamos no festival Sick New World em Las Vegas. Tiramos essa responsabilidade do caminho, agora é hora de seguir em frente, com muito mais jams e ensaios. Preciso entrar no modo de escrever para que possamos compor músicas dignas da bateria de Eloy, porque esse cara é um baterista de classe mundial.”

A entrada de Eloy também foi explicada, incluindo a revelação de que o alvo era apenas um. Curiosamente, ao contrário de recente entrevista do baterista, Jim revela que o próprio se ofereceu à banda.

“Nós nem tentamos mais ninguém. O nome de Eloy apareceu. Ele nos contatou, na verdade, sobre querer fazer parte disso e começou a enviar um monte de vídeos. Acho que já tinha um relacionamento artístico com nosso baixista (Alessandro ‘Vman’ Venturella) ou tinham amigos em comum. Vman está realmente em sintonia com muitos músicos ótimos, progressistas e pesados, que são apaixonados por seus instrumentos. E ele realmente respeita o legado, Joey Jordison foi uma grande influência para ele. E é tão humilde. Você poderia dizer que ele simplesmente vive e respira seu ofício, a ponto de eu ver sua paixão e isso acender a minha.”

À Veja SP, Casagrande disse que o contato partiu da banda.

“Eu recebi o convite para fazer o teste depois do anúncio da turnê (de despedida do Sepultura). O grande lance, da razão de eu ter aceitado fazer a audição, foi o final do Sepultura. A banda iria acabar, e eu não queria parar de tocar bateria aos 33 anos de idade. Rolou um papo com o Slipknot, perguntei sobre a agenda deles, se daria para conciliar as duas bandas, mas eles falaram que não, não teria como, eu seria exclusivo. Então foi uma decisão minha, pelo término do Sepultura.”

Jim Root ainda destaca a passionalidade brasileira como um fator diferencial.

“E os brasileiros, os sul-americanos em geral, são muito apaixonados pelo que fazem. Nosso empresário me disse que saiu para jantar com quatro ou cinco promotores da América do Sul e todos ficaram muito entusiasmados. Eles dizem: ‘É tão bom que você tenha um baterista brasileiro no Slipknot agora. Sentimos como se tivéssemos vencido a Copa do Mundo’. É uma sensação legal. E Deus, ele se encaixa tão bem. Eu não sei, cara. Quer dizer, há muitas coisas que posso dizer sobre isso. Estou feliz que aconteceu quando aconteceu. E temos sorte de tê-lo – temos muita sorte de ter esse cara.”

A seguir, Root foi convidado a se aprofundar no tema do novo material. E contou que o processo criativo ainda não foi realmente iniciado oficialmente. Apesar disso, o brasileiro já ofereceu inspiração.

“Ainda não começamos. Faremos isso em breve. Eloy me enviou alguns loops de bateria por e-mail… Ele faz muitos vídeos por conta própria, toca em seu estúdio caseiro e coisas assim. Então mandou cinco ou seis minutos de registros. Eu os baixei para o meu computador e os converti em arquivos que pude importar para o Pro Tools. Passei algum tempo tentando escrever alguns riffs para eles. E foi um pouco difícil porque ele basicamente me enviou solos de bateria de dois minutos. Consegui identificar ‘Ok, isso soa como um riff de introdução na bateria. E isso soa como um riff de verso na bateria.’ Há um em particular que estou pensando transformar em uma música terrivelmente caótica, o que pode ser muito legal. Então, sim e não, ele está contribuindo, mas ainda não chegamos lá. Estamos tentando colocar esses shows em nosso currículo primeiro”.